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Dia 1 – De regresso aos dias longos de Moçambique

O dia começa cedo. Na verdade, começa na noite anterior com a partida de Lisboa as 19.15, não sem os atrasos que sempre nos brindam quando queremos chegar mais rápido. O sono ajuda para garantir que o dia que temos pela frente é bem aproveitado.  

As cores mudam à medida que nos aproximamos e o toque do avião lembra-nos que é verdade, que estamos mesmo em Moçambique. Passe o tempo que passar, as saudades estão sempre lá e a sensação de voltar é sempre única, sempre especial.  

Apreciamos a viagem longa, as inúmeras operações stop, os chapas cheios, os caminhos que desta vez parecem ter menos buracos. Chokwé espera por nós, não há tempo a perder, mas tem de haver tempo para saborear.  

Em S. Vicente, começa de facto a nossa viagem e a nossa chegada. Os abraços multiplicam-se, os sorrisos escondem lágrimas de emoção. As crianças cantam e dançam e queremos ouvir. Desta vez prometi-me que tiraria menos fotos para poder estar em cada momento, saborear cada palavra, registar cada comentário. Às vezes a vontade falha e lá estou eu a fazer um vídeo, mas não é possível ficar indiferente. O trabalho dos dançarinos guerreiros não passa despercebido, este grupo de crianças está cada vez mais unido pelo amor da dança tradicional. 

O barulho que ouvimos do outro lado da escola diz-nos que está na hora da alimentação escolar. São 1743 crianças que têm de comer, pelo que os turnos têm de ser divididos. É dia de arroz e frango. Partilhamos do seu almoço e brindamos as cozinheiras pelo sabor que trazem ao nosso almoço e mais importante, pelo esforço que trazem todos os dias juntando nas panelas gigantes o arroz, a água, o sal, mas também o carinho por estas crianças que não tem muitas vezes outra refeição.  

Somos chamados à sala de professores e com alguma formalidade recebemos comunicações das atividades, da escola, dos projetos. Vou-me mexendo desconfortável na cadeira, os anos nunca me vão habituar a estas formalidades. Quero interromper, fazer perguntas, mas fico quieta a ouvir. Moçambique é um bom sítio para nos ensinar a parar, respirar e ouvir até ao fim. Muitas vezes só permitindo o silêncio podemos permitir que o espaço seja preenchido por aqueles que têm algo de importante para dizer. Pelo que escuto. Chega a minha vez e a sensação que tenho é que devo aqui mais obrigados do que aqueles que me transmitem a mim. É esta equipa que faz o trabalho, são estes professores que estão na escola, são as irmãs que se multiplicam para chegar a todos os pedidos.  

Num ambiente de maior convívio partilhamos a nossa refeição e trocamos pequenas histórias. Ainda estamos a aquecer e o dia já vai longo. É apenas a primeira parte da visita a S. Vicente e já saímos de coração para lá de cheio. Um dia assim que já faz valer a pena o trabalho e o esforço.  

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