Depois de um (merecido) descanso pela manhã, a tarde foi dedicada ao grupo de jovens que está na sua última jornada com a Um Pequeno Gesto, os nossos Bolseiros Universitários.
Este ano, a Um Pequeno Gesto atribuiu 5 novas bolsas a estudantes que terminaram a 12ª classe, depois de mais de 40 candidaturas. Ao todo, são 24 os jovens bolseiros em áreas variadas como Direito, Enfermagem, Análises Clínicas, Gestão de Recursos Humanos, Saude Pública e Administração e Saúde.
Os Bolseiros têm encontros mensais com um conjunto de mentores da equipa da Um Pequeno Gesto no terreno, com os quais discutem dificuldades, vitórias e partilham preocupações. Neste encontro, falámos muito sobre as dificuldades que enfrentam especialmente no 1º ano, e para os que saem de casa pela primeira vez. Pedimos aos mais velhos para aconselhar os mais novos e dar o seu próprio exemplo de como superaram algumas destas dificuldades, de forma a criar maior ligação entre o grupo e fomentar o espírito de entreajuda.
De seguida, pedimos a cada um que nos contasse uma história sobre o que aconteceu no último ano. A Avelina, ingressada no curso de Enfermagem e Medicina infantil partilha que quando foi ao primeiro estágio, esperava trabalhar com mães grávidas, conforme o curso escolhido. Contudo, a sua primeira tarefa foi tratar um corpo na morgue! Após recuperar da surpresa, fez o que lhe foi pedido e ficou preparada para mais surpresas futuras! A Chirle (em Saúde Pública) partilhou as suas dificuldades com apresentações orais em frente à turma, e como tem bastantes dificuldades nesses momentos, pelo que partilhámos algumas formas de lidar com esses momentos e como alguns com mais propensão para falar em público a podiam ajudar. O Jorge (em Análises Clínicas) contou como ficou bem acordado para as exigências do curso quando trabalhou numa requisição no banco de sangue do hospital para um paciente que acabou por perder a vida. Após um inquérito, foi verificado que todos os procedimentos do laboratório foram bem feitos, mas o Jorge ficou ainda mais focado em aprender todos os detalhes do seu curso sabendo o impacto que pode ter na vida de alguém. O Henriques (que acaba de ingressar em Direito), ficou desapontado de saber que afinal para ser juíz teria de ter pelo menos 35 anos, pelo que se resignou a ter de exercer como advogado até atingir a idade requerida para perseguir o seu sonho.
Estes encontros trazem-nos muita alegria e esperança na geração que se forma e está nos últimos passos para conquistar tal vitória para si mesmo. Relembramos que não estamos ali apenas para cobrar relatórios, testemunhos e fotos, mas também para os acompanhar e saber das suas dificuldades e claro, dos seus sucessos. Foi com alegria que celebrámos a nota 18 do Lírio (que acaba de entrar em Administração e Saúde) no trabalho de Comunicação. Ficamos a torcer por todos com muito orgulho!