Numa entrevista ao jornal moçambicano “Domingo” de 19 de abril de 2015, Ana Flávia Azinheira (Vice-Ministra da Juventude e Desportos) afirmou que é “alfabetizando a mulher, criando condições para que ela possa ter poder para produção, para geração dos seus próprios rendimentos” que poderemos ultrapassar alguns dos problemas socioeconómicos que continuam a afetar a mulher rural moçambicana. Entre estes destacam-se o analfabetismo, a gravidez precoce e a discriminação.
Em Moçambique, 60% dos adultos não sabem ler nem escrever – e a maioria são mulheres. Face a este contexto, a UPG oferece cursos de alfabetização a jovens mulheres, sobretudo mães, em comunidades desfavorecidas. Além de melhorarem a educação das alunas, estas aulas de literacia e numeracia têm igualmente um forte impacto na educação dos seus filhos. A importância que as mães passam a dar à educação reflete-se no empenho das crianças na escola. Além disso, temos também projetos de geração de rendimentos que ajudam mães de famílias carenciadas a desenvolverem pequenos negócios como hortas (“machambas”) ou bancas de venda.
A UPG providencia os recursos, formação e acompanhamento. As mães começam, assim, a gerir os seus próprios negócios e tornarem-se autossuficientes. É uma forma de incentivarmos o empreendedorismo das mulheres e promovermos também o comércio local. Com estas iniciativas, esperamos contribuir para a melhoria das condições de vida das mulheres e respetivas famílias em zonas rurais desfavorecidas.