Tendo em conta que chegámos e tivémos que enfrentar uma situação de calamidade, as nossas prioridades e objectivos foram alterados. E, tendo em conta que não havia energia da rede para puxar água do furo a nossa prioridade foi tentar resolver esta situação para os cerca de 6000 desalojados que se encontravam à nossa volta em Chinhacanine. Então começamos com as seguintes tarefas:
- Distribuição de água do furo, possível através de geradores cedidos pela Opway. Controlo de horários e quantidades distribuídas.
- Contacto regular com a comunidade, para ficar sempre um responsável junto do gerador e outro junto do furo (quase impossível) para evitar possíveis furtos.
- Organizar os mais necessitados, estabelecer prioridades, para permanecerem em tendas, também estas cedidas pela Opway.
- Apoio médico através de primeiros-socorros e distribuição de alguns medicamentos.
- Distribuição de leite a bébés recém nascidos
- Distribuição de cestas básicas a idosos e crianças, entregues em mão no Centro.
- Chamadas aos mais necessitados, desalojados, para irem fazer refeições ao Centro.
- Fazer contínuas “inspecções” ao campo de desalojados para tentar identificar as maiores carências e ver se para além do surto de malária poderia estar a existir algum surto de cólera, tentar controlar ao máximo as doenças.
- Organizar com os médicos sem fronteiras a colocação de latrinas para controlar o saneamento
- Avaliação das famílias das crianças que costumam frequentar o Centro, e distribuição também de cestas básicas às mais necessitadas.
- Acompanhamento das crianças frequentadoras do centro, após o período das cheias, que regressaram para funcionamento normal.